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Avó Cool

Avó Cool

Jessica e Carolina, obrigada!

Aplausos para duas figuras públicas e uma anónima especial, a minha filha, por assumirem com naturalidade o corpo após a gravidez. Os perfeitos deste mundo que lhes atirem a primeira pedra pela ousadia.

Ainda bem que há esta contracorrente a uma tendência que vem crescendo na sociedade, alimentada por “personalidades” da TV (protagonistas do seu próprio reality show) e magazines cor-de-rosa: a insana necessidade de a mulher que pariu há poucas semanas, um mês, exibir um físico de ninfa, totalmente recuperado, enxuto, como se o útero nunca tivesse sido habitado,  mostrando o sorriso resplandecente de quem dormiu as oito horinhas de sono. A sério?! Salvo raríssimas exceções (porque as há), todo este esplendor é exausto, fútil nos argumentos, desalinhado com a natureza humana, dissociado da essência feminina e, por isso, profundamente irrealista.

Bem hajam as mulheres preocupadas com o seu bem-estar e beleza, mas que se dão tempo, sem passarem pela experiência da maternidade com o catarpílar na potência máxima a esmagar os quilos a mais, a flacidez da pele, as olheiras de noites acordadas a tratar do bebé, os medos e as angústias, a alegria e o privilégio de Ser em vez de parecer.

Elogios, pois, para as Jessicas Athaydes e Carolinas Deslandes que não têm pressa; que não atropelam as prioridades e sobretudo não se atropelam a si próprias; que são o espelho da maioria das anónimas pelo país, pelo mundo. São lindas! Têm uma beleza que quem quer o corpo perfeito a qualquer custo, porque há que deixar o público de boca aberta e vestir bem o modelito para a gala da noite na TV e as objetivas do fotógrafo, nunca irá perceber.

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